segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Dona Tudinha.


O atual Bairro do Socorro que antigamente era chamado de Pracinha desfrutou durante muitas anos como um dos locais mais aprazíveis de se morar em Juazeiro do Norte. Era um bairro tranquilo, tipicamente residencial, habitado por famílias ilustres e tradicionais. Dentre tantas pessoas conhecidas do antigo Bairro da Pracinha destacamos hoje a senhora Gertrudes Aguiar de Melo, carinhosamente conhecida por Dona Tudinha, viúva de Izaias Ferreira de Melo. A origem desse apelido é bem interessante. O nome de sua bisavó era Gertrudes, homenageando Santa Gertrudes por ela ter nascido no seu dia. Como o nome era difícil de ser pronunciado seus familiares passaram a chamá-la de Tudinha. Duas netas suas quiseram homenageá-la e assim batizaram suas filhas com o nome de Gertrudes e o apelido continuou sendo também Tudinha. D. Tudinha exerceu por muito tempo a profissão de costureira fina, trabalhou para a Camisaria Alcântara, confeccionando gravatas e camisas para terno para Aloísio Lavor. Depois adquiriu sua própria freguesia e assim ficou costurando para muitas pessoas do bairro. Exímia profissional, entregando suas costuras no tempo previsto. Hoje, fica sentada na sua calçada, uma imensa praça que é a do Memorial, apreciando a paisagem e conversando com os amigos. Seu filho Francisco Aguiar, quis homenageá-la colocando o nome de sua filha de Gertrudes e todos a chamam de Tudinha.


Agora sou eu! Fiquei muito feliz ao ver esta homenagem feita pelo JuaOline, como a chamo desde minha infância vó Tudinha é uma pessoa extraordinária, amiga de minha avó materna D. Ester de Melo, tendo seu filho Pedro de Melo casado com sua filha D. Eliane Aguiar, os dois além de tios são cidadãos merecedores assim como a vó Tudinha de títulos de cidadã juazeirense, poucos vivos sabem as coisas boas que esta família já fez pelo Juazeiro, vejo pessoas riquíssimas aqui de Juazeiro recebendo a chave da cidade, títulos de cidadãos, e pessoas que fizeram parte do nascimento desta terra não são tão lembrados como merecem, apenas quando morrem é que são lembrados e homenageados. Vó Tudinha ou D Tudinha, merece mais que uma homenagem, deveria ser eternizada, ela é um símbolo daquele bairro assim como seu vizinho o "seu Lunga".
Thiago Aguiar

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