O Brasil está exportando mais mel este ano. A demanda internacional cresceu e os preços também reagiram. No Ceará, os criadores comemoram o bom momento.
O seu Josemar de Sousa, morador de Santana do Cariri, na divisa do Ceará com Pernambuco, cria abelhas desde 1997. Ele tem apiários em diferentes locais da floresta do Araripe, área apropriada para a atividade. Hoje, ele é um dos maiores apicultores da região, com 1,5 mil.
“Na época que a gente começou era mais difícil porque era o começo. Agora, está mais bem equilibrado”, disse seu Josemar.
Esse ano os apicultores estão trabalhando mais. A demanda no mercado externo aumentou e nunca se exportou tanto mel quanto agora. De janeiro a setembro, o Brasil exportou cerca de 21 mil toneladas de mel, o que corresponde a uma receita de US$ 52,7 milhões. O melhor ano do mel brasileiro até então era 2003m com um faturamento de US$ 45,5 milhões.
O mel produzido pelas abelinhas vai para bem longe: Europa e Estados Unidos. Ele é processado na indústria, que este ano está com as atividades aquecidas.
A unidade que fica no Crato, na região sul do Ceará, é uma das maiores do Estado e paga aos apicultores R$ 3,60 por cada quilo de mel. São R$ 0,40 a mais em relação a 2008. Houve um aumento de 50% na produção deste ano para atender a todos os pedidos. O quilo do produto é vendido ao exterior por US$ 2,90. No mesmo período do ano passado, o quilo de mel era exportado a US$ 2,83.
“A cada ano esse potencial tem sido aumentado porque novos apicultores estão entrando na atividade. O sucesso daqueles que já estão na atividade está estimulando o aparecimento de novos apicultores. O Nordeste hoje já está produzindo em torno de 15 mil toneladas de mel. Estimamos que em poucos anos ultrapassará 150 mil toneladas”, falou Paulo Levy, dono da empresa processadora.
Além do Ceará, os Estados de São Paulo e Santa Catarina também se destacaram na exportação de mel.
Thiago Aguiar
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
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