quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Nome da Ceasa(Cariri)gera bate-boca.

A discussão sobre o projeto de lei que determina o nome do Centro de Abastecimento do Cariri durou mais de duas horas, com muita polêmica

Por Tiago Coutinho.

Em dia de muitas votações, a pauta que mais consumiu o tempo dos deputados estaduais na Assembleia Legislativo ontem foi uma que tratava do nome que deveria ser dado à Central de Abastecimento do Cariri (Ceasa), em Barbalha. Após muito bate-boca, a Casa acatou a proposta do Governo do Estado, no lugar do nome sugerido pela oposição.


Primeiro o plenário votou, tranquilamente e com pouca discussão, 11 mensagens do Governo do Estado, entre elas a redução do ICMS do material escolar e a implantação de um Plano de Cargos e Carreiras para os profissionais penitenciários do Ceará. Na hora de decidir o nome da Ceasa do Cariri, porém, houve fila de pedidos de pronunciamento. A disputa pelo microfone movimentou a sessão.


A votação dessa única matéria durou cerca de duas horas. De um lado, Vasques Landim (PR) propunha uma homenagem a José Feijó de Sá. Já o governador Cid Gomes (PSB) sugeriu nomear o equipamento de Padre Agostinho Mascarenhas.


O deputado Cirilo Pimente (PSDB), em defesa de Vasques, disse que o texto encaminhado pelo governo chegou depois da iniciativa do republicano e que, por isso, a Casa deveria privilegiar a proposta apresentada primeiro. Pimenta acrescentou ser uma desmoralização para os colegas ter de passar por cima de uma prerrogativa só para agir de acordo com a vontade do governo. Discurso que recebeu apoio de Heitor Férrer (PDT) e Adahil Barreto (PR).


Do lado governista, o líder Nelson Martins (PT) afirmou ter tentado negociar com Vasques para ele poder nomear outro equipamento público, mas não houve acordo. Para Nelson, o plenário tomou uma decisão democrática, escolhendo o melhor nome. Wellington Landim (PSB), também governista, foi mais incisivo e argumentou que outros episódios semelhantes já ocorreram na Casa.


Conflito

Por traz dessa pauta aparentemente simples, há uma disputa política. O nome sugerido por Vasques é do pai do ex-prefeito de Barbalha, Rommel Feijó (PSDB). Segundo Nelson, antes de começar a construção da Ceasa, Cid Gomes solicitou que Rommel cedesse o terreno previsto ao governo e recebeu um "não" como resposta. O governador comprou a área e, na hora de nomear, não aceitou a proposta de Vasques.


Primeiro foi votada a proposta de Cid, junto com outros 16 projetos de lei. Se uma proposta caísse, todas as outras cairiam também. Votaram contra apenas Vasques, Heitor, Adahil e Cirilo Pimenta. Eles justificaram que foram obrigados a votar dessa forma, contra todos os outros projetos, por "intransigência" da Mesa Diretora. Adahil disse que irá entrar com um requerimento para anular a votação. Ele argumenta que a forma como a votação foi encaminhada fere o regimento interno da Casa.
Comentário:
Bom, agora, como já diz o ditado "diz com quem tu andas e te direis quem tu és" um prefeito que nega um terreno para um governador construir uma bem feitoria para o povo do Cariri, e depois seu colega Vasques Landim vem com sua insistencia de nomear parentes e familiares de correligionários e briga para colocar o nome do pai justamente do ex-prefeito, hora, o povo poderia ser poupado desta baixaria. Não se tem argumentos contra fatos, agora que a CEASA já está sendo edificado, quando o ex-prefeito Romel negou doação do tal espaço, e o governador literalmente se "virou", comprou o terreno, está construindo o deputado estadual Vasques vem querer colocar o nome do pai do ex-prefeito.
São estes nossos representantes senhoras e senhores, é esta nossa realidade, Juazeiro faz parte disso, e o povo merece e precisa entender essas questões. Senhor deputado Vasques, busque uma forma de ajudar ao povo do Juazeiro e o Cariri, com atitudes e iniciativas concretas e que sejam úteis, brigar por uma homenagem? O que o povo ganha com isso? Nada, adianto logo.
Thiago Aguiar

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