Parlamentares de partidos de oposição defenderam ontem o aprofundamento das investigações da Operação Fumaça, da Polícia Federal e do Ministério Público, sobre o desvio de verbas da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
De acordo com a investigação, revelada em reportagem ontem do Estado, a Funasa - órgão do Ministério da Saúde que financia projetos de saneamento básico e saúde indígena - teria se transformado num balcão de negócios.
Entre os investigados, estão Guaracy Aguiar, ex-coordenador da Funasa no Ceará e irmão do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ubiratan Aguiar, e o atual presidente do órgão, Danilo Forte. Ambos foram indicados para o cargo pelo PMDB.
O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), disse que a liberação dos recursos era para prefeituras ligadas ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). As conversas gravadas pela PF revelam condução política na liberação de convênios. Numa ligação com seu adjunto à época, Aguiar se irrita ao saber que seriam liberados recursos para cidades cujos prefeitos eram aliados do senador.
Guaracy Aguiar é apontado pelas investigações como integrante da cadeia de comando do clientelismo, liberando verbas e atestando como prontas obras inacabadas.Danilo Forte é citado nas ligações por representantes de empreiteiras e funcionários da Funasa como facilitador na liberação de verbas a obras sob suspeita.
Thiago Aguiar
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
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