quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

CARIRI - Projeto lança livro e documentário.

Fortaleza. Preservar por meio do papel fotográfico e do registro audiovisual a história, a memória, a produção cultural e a riqueza ambiental do Ceará. É com esta meta que o cineasta pernambucano Marcos Carvalho lança, hoje, o livro e documentário "Ceará: Imagens e História". O lançamento será no Centro Cultural Banco do Nordeste - Cariri, às 19 horas. Financiado pelo Programa BNB de Cultura, a iniciativa faz parte do Projeto Cinema no Interior, que já percorreu estados do Sul, Centro-Oeste e Norte."É uma grande expedição que busca contemplar a diversidade geográfica e cultural do Brasil. Este é um projeto que vislumbrava desde os meus 13 anos, quando viajava pelo interior do Estado de Pernambuco. Foi a partir daí que decidi trabalhar com audiovisual, aprendendo por conta própria", define Marcos Carvalho.O "Cinema no Interior" busca envolver as comunidades de pequeno e médio porte. Após analisar a potencialidade do local, a equipe entra em contato com as secretarias de Educação e Cultura de cada município. É a partir desse contato que eles se dirigem às escolas para apresentar o projeto e convocar estudantes. No Ceará, o projeto envolveu cerca de 25 estudantes de dez municípios: Aquiraz, Aracati, Assaré, Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Nova Olinda, Quixadá, Quixeramobim e Santana do Cariri. Eles participam de uma oficina onde aprendem técnicas básicas de fotografia e audiovisual, e a partir disso eles passam a registrar o que consideram mais importante em termos de arquitetura, natureza e manifestações.Durante as viagens pelo Ceará, o período chuvoso se converteu em grande problema. Na apresentação, Marcos Carvalho lembra que ao visitar o sítio onde ficava o Caldeirão, comunidade religiosa liderada pelo beato José Lourenço, encontrou um grupo de operários que trabalhavam na reforma da capela ilhados há semanas. "Tivemos que fazer vários trechos a pé e em outros lugares foi impossível chegar ", recorda.

Mais Informações:

Centro Cultural Banco do Nordeste

Rua São Pedro, 337

Juazeiro do Norte - CE (88) 3512.2855
DN.
Thiago Aguiar

Um comentário:

OTONIEL AJALA DOURADO disse...

DENÚNCIA: SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ: UM GENOCÍDIO ESQUECIDO PELOS LIVROS DE HISTÓRIA!


"As Vítimas do Massacre do Sítio Caldeirão têm o direito inalienável ao resgate da Memória Histórica de sua luta e morte, e isto ninguém jamais poderá negar!"

Otoniel Ajala Dourado



No CEARÁ, para quem não sabe, houve também um crime idêntico ao do “Araguaia”, contudo em piores proporções, foi o MASSACRE praticado por forças do Exército e da Polícia Militar do Ceará no ano de 1937, contra a comunidade de camponeses católicos do Sítio da Santa Cruz do Deserto ou Sítio Caldeirão, que tinha como líder religioso o beato JOSÉ LOURENÇO, seguidor do padre Cícero Romão Batista.



A ação criminosa deu-se inicialmente através de bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como feras enlouquecidas, como se ao mesmo tempo, fossem juízes e algozes.



Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará foi de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO / CRIME CONTRA A HUMANIDADE é considerado IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira bem como pelos Acordos e Convenções internacionais, e por isso a SOS - DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - Ceará, ajuizou no ano de 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo que sejam obrigados a informar a localização exata da COVA COLETIVA onde esconderam os corpos dos camponeses católicos assassinados na ação militar de 1937.



Vale lembrar que a Universidade Regional do Cariri – URCA, poderia utilizar sua tecnologia avançada e pessoal qualificado, para, através da Pró-Reitoria de Pós Graduação e Pesquisa – PRPGP, do Grupo de Pesquisa Chapada do Araripe – GPCA e do Laboratório de Pesquisa Paleontológica – LPPU encontrar a cova coletiva, uma vez que pelas informações populares, ela estaria situada em algum lugar da MATA DOS CAVALOS, em cima da Serra do Araripe.



Frisa-se também que a Universidade Federal do Ceará – UFC, no início de 2009 enviou pessoal para auxiliar nas buscas dos restos dos corpos dos guerrilheiros mortos no ARAGUAIA, esquecendo-se de procurar na CHAPADA DO ARRARIPE, interior do Ceará, uma COVA COM 1000 camponeses.



Então qual seria a razão para que as autoridades não procurem a COVA COLETIVA das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO? Seria descaso ou discriminação por serem “meros nordestinos católicos”?



Diante disto aproveitamos a oportunidade para pedir o apoio de todos os cidadãos de bem nessa luta, no sentido de divulgar o CRIME PERMANENTE praticado contra os habitantes do SÍTIO CALDEIRÃO, bem como, o direito das vítimas serem encontradas e enterradas com dignidade, para que não fiquem para sempre esquecidas em alguma cova coletiva na CHAPADA DO ARARIPE.



Para que as vítimas ou descendentes do massacre sejam beneficiadas pela ação, elas devem entrar em contato com a SOS DIREITOS HUMANOS para fornecerem por escrito e em vídeo seus depoimentos sobre o período em que participaram da comunidade do Caldeirão, sobre como escaparam da ação militar, e outros dados e informações relevantes sobre o evento.



Dr. OTONIEL AJALA DOURADO
OAB/CE 9288 – (85) 8613.1197 – (85) 8719.8794
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br