Será realizado no dia 14 de dezembro o primeiro leilão de energia específico para a matriz eólica do País. Foram habilitados para este leilão um total de 441 projetos que somados resultam em 13.342 megawatts (MW) em oferta. O Ceará terá 118 projetos desse total, o que equivale a uma geração de 2.743 MW, deixando o Estado como o segundo maior número de propostas, atrás apenas do Rio Grande do Norte. A realização do leilão específico para energia eólica era antiga reivindicação do setor e dos governos estaduais, uma vez que além de incrementar a produção dessa energia limpa, poderá atrair investimentos da cadeia produtiva do setor.
No Ceará, já existe um protocolo de entendimentos entre a Furhlander e o Governo do Estado para construção de uma fábrica na área do Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME) o adiamento “antes estava previsto para 25 de novembro” se deve ao grande interesse dos investidores e a falta de tempo hábil para a entrega dos estudos necessários.
Até o ano de 2007 o Ceará disponibilizava ao Sistema Interligado Nacional (SIN), através de fonte eólica, uma potência de 17,4 MW, mediante a produção dos parques de Prainha, Mucuripe e Taíba, instalados na década de 1990. A partir de 2008, através do Programa de Fontes Alternativas de Energia (Proinfa), que instala 14 projetos eólicos no Estado (totalizando 500,9 MW), foram acrescidos 79,23 MW por meio de cinco usinas eólicas. Este ano o Estado passou a contar com mais 54,0 MW em operação de janeiro até agosto passado. Atualmente o Ceará tem 11 usinas em funcionamento, sendo oito do Proinfa e três da década de 90, que totalizam 267,90 MW.
O Ceará é um dos estados pioneiros no setor de energia eólica, no país, e já catalogou em estudo que resultou no Atlas Eólico do Estado do Ceará, seu potencial eólico de 25 mil MW on shore (terra), podendo chegar a 35 mil, com mais 10 mil MW off shore (mar). Isso significa mais de 10 vezes a demanda máxima de energia elétrica requerida pelo Estado, segundo dados da Coelce, a distribuidora de energia local. Ou seja, o Estado tem condições para alcançar a auto-suficiência com a energia produzida pelos ventos, sem falar na solar e na energia das ondas, outra iniciativa pioneira do Ceará.
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Thiago Aguiar
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
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