segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Pe. Cícero Romão Espírito Evoluído.




Acredito profundamente que a história de Cícero Romão Batista, missão e vida, dedicada ao povo dessa cidade, tem um fundamento lógico nas questões espirituais da vida.
Se analisarmos pelo sentido lógico, a missão de fundar uma cidade, de profetizar e pregar a palavra de Deus ao povo mais humilde naquele tempo, existente em sua cidade, foi base elementar para a construção do que hoje representa o seu nome pelo Brasil a fora. Futurísta e autor de uma obra fenomenal e estruturante que era esculpir a fé do mais humilde, ou o povo se identificava simplesmente por sua humildade e facilidade de confiar, admirar e respeitar. Seria um desaforo para os católicos acreditar que Padre Cícero poderia estar continuando sua missão do outro lado da vida? Antenor Benevides em seu livro publicou:

Escreve Aldenor Benevides que “diversos foram os sonhos prodigiosos do Padre Cícero”.

Quando seminarista viu em sonhos todas as cenas da deposição de D.Pedro II e a partida do Imperador para o exílio.

Também “viu um enorme urso branco com algumas manchas pretas e tão grande e feroz, que tinha entre suas mãos o globo terrestre a que retalhava com suas grandes unhas, causando horríveis sofrimentos e ruínas a todas nações da Terra”. Quem não pressente, nessa alegoria, uma indisfarçável alusão à Rússia soviética? Sonhou que João Pessoa fora assassinado. Um dia depois chegava a notícia do trágico acontecimento.

Ainda cursando o seminário, Cícero Romão, por mais de uma vez, colocou o chapéu numa parte lisa da parede, fazendo-o ali permanecer como se estivesse pendurado num cabide.
“Um dia – dizia o Padre Esdras – o Cícero, que era meu vizinho de alojamento, brincando comigo quando nos preparávamos para um passeio pela cidade, tirou da minha mala uma batina e um roquete, colocando-os à parede, onde ficaram até que eu os fosse tirar”.

Padre Cícero, às vezes, mandava cavar poços e cacimbas. Após o serviço, a distância mencionava a profundidade dos mesmos, descrevendo fielmente tudo que se encontrava nas proximidades.
Em suas mãos, qualquer relógio deixava de funcionar. Isso, ao que parece, explicar-se-ia pelo invulgar potencial magnético de que era dotado o venerando eclesiástico.

Certa feita, estando a atender os romeiros, teve um pressentimento e ordenou calmamente:
- Peguem e desarmem Fulano (deu-lhe o nome correto) que ali está armado de revólver e com ordem dos seus superiores para me matar. Não façam nenhum mal a ele, pois deixem-no voltar em paz a fim de dizer aos seus chefes que eu não sou tão mau quanto eles julgam.
O bandido entregou a arma, confessou a premeditação do crime e ausentou-se do local.
O seu amigo Manuel Vitorino, vaticinou que ele, padre Cícero, ainda haveria de “escrever com as mãos dos outros e de falar por boca que no seria a sua”. Quando desencarnasse, naturalmente, através de médiuns de psicografia ou de incorporação.
No ano de 1917, após ligeiro transe, braços apoiados sobre a mesa, confidenciou ao amigo: - Ave Maria, meu Deus, que horror! Que fim de guerra, Vitorino. Quanta mortandade e estrondos de artilharia!
Configurado, aí, o fenômeno de bilocação ou “viagem em corpo astral”.
Previu a segunda guerra mundial, havendo assegurado ao coronel Francisco Botelho:
- Essa guerra, meu amiguinho, irá começar um pouco antes de 1940.

O “Taumaturgo de Juazeiro” estivera enfermo. Um seu parente, também sacerdote, foi visitá-lo. “Em conversa íntima com o Patriarca, disse que, se o mesmo chegasse a faltar, ele padre fulano iria sentir muito”.
Respondeu-lhe padre Cícero: - Meu amiguinho, muita gente anda dizendo ser eu um padre velho caduco. Pois bem. Preciso, na verdade, fazer uma viagem e quando voltar virei bonito e elegante a ponto de ninguém mais reclamar a minha feiúra.


Queria dizer, é claro, que estava aguardando a morte e esperava regressar num outro corpo. Aceitava, portanto, a Lei da Reencarnação.
De toda essa compilação do livro de Antenor Benevides, conclui-se que o padre Cícero era um médium notável e disso deveria estar consciente. E devia conhecer, pelo menos intuitivamente, os princípios básicos da Doutrina Espírita.

Hoje acredita-se que Cícero Romão Batista tenha no plano espiritual, uma colonia de ensinamentos da doutrina espírita. E ainda em Juazeiro em algum centro espírita, de tantos, o mesmo auxilia aos enfermos que lá chegam. Independentemente de tudo isso, não poderemos negar jamais os fatos conhecidos que levam a tamanha certeza do escritor, um homem de luz, da paz, e da prosperidade, e acima de tudo, de entendimento espiritual, ou seja, não vivia só pela fé em Deus, e sim pelo seus conhecimentos da vida após a morte. E o trabalho do patriarca do Juazeiro, é indeletável, inesquecível, e nada similar assemelha-se a ornamental obra de construção de Juazeiro do Norte.
Thiago Aguiar

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