O ministro Fernando Gonçalves do Superior Tribunal de Justiça, mostrou-se ser um homem de peito. Na quinta-feira, véspera da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, recebeu em seu gabinete o governador José Roberto Arruda (DEM), do Distrito Federal. Ciente da investigação, não se sabe como, Arruda foi apelar para o bom senso do ministro. Pediu mais tempo para provar que era inocente.
Ao que consta, Gonçalves foi solícito, mas não deu esperanças. Arruda ligou para o amigo Aécio Neves, governador de Minas, que também entrou no circuito em solidariedade. Em vão. Logo depois, bastou um telefonema do ministro para a cúpula da PF. Como se sabe, no dia seguinte, 150 policiais federais foram às ruas de Brasília, Goiânia e Belo Horizonte para busca e apreensão de documentos. O DEM faz cena. Sabia de Arruda em risco. Prova disso é que tenta blindar, senão o governador, pelo menos o partido. Na surdina, a cúpula do DEM promoveu na segunda-feira à noite um jantar com quatro ministros do Supremo Tribunal Federal, na casa do senador Demóstenes Torres (DEMos/GO).Veja matéria do Zé Augusto
Estiveram no jantar do DEM em apoio ao governador Arruda o presidente do STF, Gilmar Mendes, os ministros do Supremo Ricardo Lewandowski, que vai assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo ano, e Dias Toffoli, recém nomeado para o tribunal.
Thiago Aguiar
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
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